O teu Tio...O meu irmão estava doente desde sexta-feira, pensavamos que era amigdalite porque lhe doia a garganta, mas no sábado á noite piorou e as febres ultrapassaram os 39 graus...no hospital diagnosticaram mal...novamente amigdalite e receitaram-lhe injecções de penicilina...continuou a piorar, as febres a aumentarem de madrugada, a perder peso....segunda á noite novamente hospital...fizeram análises e raio-x...a meu ver análises de merda porque um simples hemograma não detecta vírus....mudaram o antibiótico e madaram-no para casa...na terça feira de manhã passei-me e fui procurar uma médica com quem trabalho, uma infecciologista que nos aconselhou um otorrino, pois desconfiava que fosse Mononucleose, também conhecida pela doença do beijo...pois ele queixava-se de falta de forças e fortes dores abdominais...finalmente tivemos a certeza que era mesmo este vírus...tiraram os antibióticos que só o estavam a por pior pois iam para o figado...esta noite já não teve febre...e já teve fome queria que eu lhe fizesse uma sandes de delicias do mar...bom sinal...sabes filho é que o teu tio foi o meu "primeiro bébé"...agora já não podes ficar lá em casa, porque ele precisa de recuperar , agora voltou a ser o "bébé" da familia e tu adoras estar ao colo dele e saltar-lhe em cima da barriga e isso agora está fora de questão... não pode fazer esforços devido ao perigo de rompimento do baço...pensamento positivo tudo vai passar....mas tivemos medo...muito medo...principalmente quando o corpo começou a tremer e com espesmos devido á febre...nem sempre nas urgências detectam o mal...temos que estar muito atentos...a tua avó passou um mau bocado...duas semanas pelo menos para recuperar...está todo chateado...um adolescente em casa nas férias do verão não combina muito bem!
O que é a mononucleose infecciosa?
A mononucleose é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, o vírus de Epstein Barr.
Qual é a idade mais habitual de aparecimento da mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa afecta habitualmente adolescentes e adultos jovens. As crianças também são frequentemente afectadas, embora possam apresentar sintomas menos típicos da doença.
A mononucleose infecciosa é uma doença contagiosa?
Sim. A mononucleose transmite-se de pessoa a pessoa através de contactos íntimos. O vírus existe na saliva e é transmitido pelo beijo em adolescentes e adultos jovens (por isso a doença é conhecida como «doença do beijo» ou «doença dos namorados») ou pelo contacto entre crianças que partilham objectos contaminados com saliva.Excepcionalmente a transmissão da mononucleose pode ser feita através de uma transfusão de sangue contaminado pelo vírus.
Ao fim de quanto tempo após o contacto com um doente infectado aparece a doença, se houver contágio?
O tempo que decorre entre o contacto com uma pessoa infectada com o vírus da mononucleose e o aparecimento da doença (período de incubação) é de trinta a cinquenta dias.
Como se manifesta a mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa evolui geralmente em duas fases, uma inicial que se caracteriza pelo aparecimento de sintomas gerais comuns a outras infecções virais e uma segunda fase com sintomas mais específicos da doença, que contribuem para o seu diagnóstico. Os sintomas gerais, que duram cerca de uma semana, são mal estar, dores de cabeça, dores musculares, dores de barriga, falta de apetite e fadiga.Na fase seguinte, a febre geralmente moderada (38º-39º) mas persistente, associa-se a dores de garganta e ao aparecimento de gânglios aumentados de volume no pescoço e, por vezes, nas virilhas e nas axilas. O fígado e o baço podem também estar aumentados de volume.Em alguns doentes aparece uma erupção na pele, constituída por manchas e pápulas de cor rosada no tronco e nas zonas dos membros mais próximas do tronco. O aparecimento da erupção é muito mais frequente quando os doentes foram medicados com um antibiótico (Ampicilina) que por vezes se utiliza no tratamento de infecções da garganta.Nas crianças pequenas, com menos de dois anos de idade, os sintomas da doença são menos típicos e mais ligeiros, confundindo-se com os de outras doenças virais.
A mononucleose infecciosa é uma doença benigna?
A evolução da mononucleose infecciosa é, em geral, favorável com evolução para a cura, embora a febre e outros sintomas possam persistir por mais de duas ou três semanas.Sendo a evolução para a cura a situação mais habitual, há no entanto formas que evoluem de modo arrastado durante meses ou que se complicam com agravamento da situação clínica.
Quais são as complicações da mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa evolui na maior parte das vezes sem complicações. No entanto, podem surgir no seu decurso problemas neurológicos, cardíacos, hepáticos ou renais. Uma complicação pouco frequente mas grave é a ruptura do baço, na sequência de um traumatismo que pode ser ligeiro. Por este motivo, o repouso e a limitação da actividade física são importantes nas primeiras semanas de doença, quando o baço está inchado e mais sensível.
Como se faz o diagnostico da mononucleose infecciosa?
A base do diagnóstico da mononucleose é o quadro clínico, constituído por febre mantida, amigdalite e aumento de volume dos gânglios e, por vezes, do fígado e baço. Perante a suspeita clínica, o médico deverá pedir análises de sangue que podem sugerir ou confirmar o diagnóstico de mononucleose infecciosa.
Que tipo de tratamento deve fazer um doente com mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa, como muitas outras doenças virais, é uma doença auto limitada, ou seja, evolui para a cura sem qualquer tratamento específico. Não existindo actualmente nenhum medicamento eficaz contra o vírus de Epstein Barr, o tratamento a efectuar destina-se apenas a aliviar os sintomas, como a febre e as dores.O repouso na fase aguda da doença é importante, não só porque a fadiga é um sintoma muito frequente, mas também para facilitar a recuperação do organismo e prevenir o risco de eventual traumatismo do baço que, se estiver aumentado de volume, pode romper causando uma hemorragia grave.
